sábado, julho 21, 2007

Sabedoria popular

A sabedoria popular tem remédios para tudo. E digo mesmo tudo. Lembrei-me agora disto porque tive um workshop intensivo em sabedoria popular nas últimas semanas. A situação foi simples, passei cerca de 8h fechado dentro de um carro com duas severas adeptas de mezinhas, sopas, chás, clisteres e outros apetrechos. Tenho um péssimo hábito de anuir, regra geral para evitar rir-me a bandeiras despregadas. Por isso, vou poupar a minha mãe e o meu irmão (provavelmente as únicas pessoas que vão ler isto – porque é sua obrigação) e partilhar só algumas das soluções que foram sendo apontadas pelas minhas interlocutoras e, na sua sequência, os pensamentos que me ocorreram. Escuso-me a dizer se realmente as soluções apontadas são ou não viáveis. Deixo isso para a caixa dos comentários.


1) A saliva dos cães, quando aplicada sobre uma zona ferida (pode ser através da lambidela do próprio bicho) tem propriedades curativas, podendo ajudar numa rápida desinfecção e cicatrização. Óptimo. A primeira imagem que me veio à cabeça foi a do meu tio, coitado, de cú para o ar, a ser lambido pelo pastor alemão (com o sugestivo nome de Rambo). Ia ser um bocado complicado convencer o animal a lamber aquela particular zona, mas se calhar as hemorróidas do meu tio iam melhorar bastante!

2) A urina (vulgo mijo) tem também propriedades curativas. Se aplicada sobre um ferida ou úlcera desinfecta e cicatriza-a. De repente fez-se luz… tanto tempo a receber emails com imagens estranhas – pelo menos para mim – e a explicação era muito simples. As senhoras das imagens que eu recebia tinham aftas na cavidade bocal...

Não sei se diga para não experimentarem isto em casa… o melhor é experimentarem e depois dizerem se vale a pena ou não, ok?

3) Após uma longa exposição sobre a experiência de ser mãe, uma das sequestradoras contou outra. A freira que a assistiu no parto deixou-a sozinha durante várias horas já com sérios sinais de ter entrado em trabalho de parto. Quando a sequestradora já estava a entrar na fase dos insultos à freira eis que ela diz: “a Sr.ª não se preocupe que a criança não nascerá até ao final da tarde. Estamos na maré baixa e ninguém nasce nem morre durante a maré baixa”. Foda-se… tanto ano de campanha publicitária, tanta vida desperdiçada e a vaca da freira tinha a solução para o problema das mortes na estrada. É proibir a circulação quando não há maré baixa!

4) Nas zonas mais rurais a barba é um sinal de virilidade (eu era bem capaz de pagar para não ter de faze-la todos os dias). Para os homens que tem pouca barba ou que não tem mesmo barba nenhuma a avó de uma das sequestradoras recomenda um esfreganço diário com merda de galinha preta. Se alguém estiver interessado eu posso diligenciar pela galinha preta.

Isto é o que dá passar tanto tempo fechado. Vou só ali ver se apanho a porra da galinha.

6 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada por teres visitado o meu blog.

Gostei da forma como escreves.

Amílcar Alhinho disse...

É caso para dizer um pequenino fodasse

Fi Morais disse...

bem... nao sou tua mãe nem teu irmão... li e... obrigada pelas dicas mas acho k passo :)

Anónimo disse...

Gostava mais das centopeias, pareciam menos cobardes. Vocês fugiram da morena e não responderam à letra às provocações dela e é uma pena!

Chico D'Alfama

Dr.Martírio disse...

Hoje estou com um bocado de pressa, mas prometo responder a todos estes comentários, sobretudo ao que nos chama cobardes.

Pronto, obrigado e bom dia.

Gaja Boa 2 disse...

Xiça
Já sabia do mijo sarar frieiras...tens lá o post em arquivo no meu tasco! Agora merda de galinha preta pós pelos??? dassse

bjs